Durante o protesto em Rabat, os manifestantes gritavam slogans como “O povo quer a queda do regime”, e “O povo rejeita uma Constituição feita para escravos”. Segundo testemunhas do protesto, os manifestantes seguiram em passeata em direção ao Parlamento, sem sofrer a oposição da polícia. “Este é um protesto pacífico para pressionar por reformas constitucionais, para restaurar a dignidade e para acabar com a corrupção e o saqueamento do dinheiro público”, afirmou Mustapha Muchtati, do grupo Baraka (Chega), também participou da organização da manifestação.

Deslize

O ministro das Finanças do Marrocos, Salaheddine Mezouar, pediu à população que não participasse da passeata, advertindo que “qualquer deslize, em um espaço de poucas semanas, pode nos custar o que alcançamos nos últimos dez anos”.

Protestos também foram realizados em outras cidades do país, como Casablanca e Marrakech.

O Marrocos é mais um dos países árabes e muçulmanos que vêm enfrentando protestos contra o governo nas últimas semanas, desde o levante popular que derrubou o governo da Tunísia, em janeiro. Entretanto, analistas dizem que o Marrocos tem uma economia bem sucedida, um Parlamento eleito e uma monarquia reformista, tornando o país menos sujeito que outros a grandes levantes. O rei Mohammed é membro da dinastia Alaouite, que governa o Marrocos há cerca de 350 anos. A família real diz ser descendente direta do profeta Maomé.

(Ig com BBC, AP e AFP).